Não é o tipo de texto que você procura quando quer escolher seu próximo destino. Mas um pouquinho de utilidade pública nunca é demais. Uma coisa é generalizar e outra é ser realista diante das dificuldades que se tem para entrar em um país ou conhecê-lo. Listamos abaixo alguns lugares que, por hora, não são muito recomendáveis de se ir, seja pela situação econômica, política ou social. Antes de mais nada, você precisa entender porque é bom saber um pouquinho da realidade local:
– primeiramente, por segurança. Esse é o fator principal que faz o volume de turistas estrangeiros cair no país;
– por questões financeiras. Você deve saber a quantas anda o câmbio em relação ao real, como também o poder de compra da moeda. Ou seja, quanto realmente ela vale para comprar uma simples garrafa d’água. Além disso, a crise pode chegar a um ponto em que seja inviável “turistar” por lá. Os serviços encarecem e ter acesso a eles com qualidade fica cada vez mais difícil, uma vez que a estrutura do país é desfavorável;
– por problemas de saúde, especialmente por causa do surto de doenças;
– saber mais sobre o lugar demonstra interesse no país que está visitando, não só para tirar selfies mas também para explorar aquela cultura;
– tem assunto para conversar com moradores locais ou ao menos entender o que eles estão falando;
– não cometer gafes fazendo comentários infelizes com habitantes do lugar
É importante que você entenda que estes são fatores temporários antes de riscar estes destinos de uma vez no mapa. Não é o caso de países como Bélgica e França que, apesar de terem sofrido atentado terrorista, não se tornaram palco de acontecimentos recorrentes.
O cuidado nestes países anda continua, mas estamos falando de lugares em que a segurança dos habitantes, e de você, turista, está em risco até que o governo dos países envolvidos coloquem algumas mudanças em prática. Mas uma coisa é certa: viajante é livre para ir aonde bem entender. Confira a lista dos países não recomendados para se viajar:
Filipinas
A insegurança é mais forte no sul das Filipinas, segundo a orientação do próprio Ministério das Relações Exteriores. Na região de Mindanau, alguns grupos têm surpreendido embarcações para sequestrar estrangeiros e pedir dinheiro do resgate.
Além desse tipo de ocorrência, também têm sido registrados confrontos de forças separatistas contra o governo do país e até aparatos explosivos colocados em locais públicos.
A segurança tem sido reforçada, mas a indicação é de ir para as áreas mais seguras, que são as regiões central, Visayas, e do norte, Luzon. Estas são as áreas em que o arquipélago – formado por mais de 7 mil ilhas – é dividido, somando a região sul, Mindanau.
O país anda um pouco conturbado, ou ao menos são essas as notícias que chegam no Ocidente. A população tem feito diversos protestos contra a corrupção e um dos mais recentes foi contra os baixos salários, feito no dia 1º de maio.
O arquipélago acabou de passar pelas eleições presidenciais, em que Rodrigo Duterte, venceu, segundo a BBC. Ele já foi prefeito por mais de 20 anos e é conhecido por ser do tipo “linha-dura” no combate ao crime.
Países das Américas do Sul e Central
É, já sabemos que o Brasil também está na mira de países “zikados”. A recomendação na imprensa internacional, para quem vem nos visitar, é de cautela e máxima prevenção contra picada do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika. Também sugerem que mulheres grávidas evitem viajar para algumas regiões no Brasil.
O mesmo vale se você for viajar pelas Américas. Tenha atenção aos seguintes países: Bolívia, Chile, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Guiana Francesa, Honduras, Ilha de Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Suriname e Venezuela. Eles estão listados como territórios que têm áreas de maior transmissão do vírus.
México
Além de ser um dos redutos do Aedes aegypti, o território mexicano enfrenta o combate ao crime organizado. Segundo o governo do vizinho Estados Unidos, que emitiu o alerta recentemente, as zonas turísticas não tiveram nenhuma ocorrência.
Foram registrados homicídios, furtos e sequestros em diferentes áreas do país, como nos estados do México, Oaxaca, Yucatan e Chihuahua, entre outros.
A orientação é que você evite sair das áreas consideradas mais seguras e turísticas. Por exemplo, se viajar de carro ou de ônibus, poderá encontrar pontos de parada na estrada por militares.
A dica é estar atento, evitar lugares mais isolados. Não use mais caros ou chamativos, como joias, relógios e o uso de câmeras.
Venezuela
As tensões entre os partidos de oposição e o sucessor do presidente Hugo Chavez, Nicolas Maduro, tem impactado a economia do país. Medidas do governo resultaram em uma grave escassez de produtos de necessidade primária, como água e itens de higiene.
A inflação tem alcançado índices que quebram qualquer país. Esta desestrutura tem aumentado a violência. Neste cenário, visitar a Venezuela neste momento é presenciar essa fase de tensão e insatisfação dos habitantes.
Além disso, você pode ter dificuldade de acesso a serviços ou ter que pagar preços mais caros.
Tunísia
Militantes de um grupo afiliado ao Estado Islâmico no país atacaram a cidade de Ben Guerdane, em março. O ato causou a morte de 12 pessoas, entre civis e militares.
O problema é que os alvos destes grupos são forças do governo e lugares turísticos. Foi o que aconteceu no ano passado, em ataque a um museu e um hotel na praia.
Evite ir ao sudeste da Tunísia, que fica perto da fronteira com a Líbia. O mesmo para as regiões montanhosas, próximas da fronteira com a Algéria, onde muitos dos grupos militantes se concentram. O estado de alerta no país foi mantido até junho.
Além da Tunísia, Egito, Líbia e Algéria têm sido áreas de atuação do Estado Islâmico, Al Qaeda e outros grupos extremistas.
Turquia
O principal alerta é evitar ir ao sudeste da Turquia, próximo à fronteira com a Síria. Mas, atentados recentes tiveram como alvo regiões populosas, especialmente com grande concentração de turistas, como as cidades de Istambul e Ancara.
O governo do país tem entrado em atrito com grupos curdos, em uma região que há anos luta por independência. Além de atentados, a Turquia enfrenta intervenções como restrições à imprensa e a cidadãos que se coloquem contra o governo.
Evite circular por áreas com muita gente e se hospede em locais onde que você tenha a certeza de que estará seguro.
Países da África
Infelizmente alguns países do continente africano seguem na lista de locais não tão seguros para se visitar. Entre os casos mais recentes, a República Democrática do Congo deverá ter eleições este ano, o que pode provocar maior agitação.
No ano passado, muitos protestos pediram que o presidente Joseph Kabila deixasse o cargo. Viajantes estão sujeitos a serem parados em bloqueios oficiais nas estradas, assim como pagar suborno sob ameaça de atos de violência.
O Quênia enfrenta a atuação de forças extremistas desde 2013, especialmente os vindos da Somália. Alguns ataques já foram feitos em áreas de circulação de turistas, como aeroportos e hotéis.
Imagem: via VisualHunt
Fonte: Ministério das Relações Exteriores, Departamento de Estado dos EUA, About