Você já imaginou a tristeza ao ser barrado pela imigração no aeroporto e ser mandado de volta para casa no primeiro dia da sua viagem? E pior é saber que a frustração poderia ser evitada se tivesse se informado melhor. Para evitar este transtorno, procure preparar-se para a viagem verificando documentos, vistos e demais requisitos para embarcar em cada país que pretenda visitar. Confira a seguir quais os documentos que costumam ser pedidos e em quais situações:
RG
Desde 2008 a cédula de identidade é aceita para apresentar nas viagens aos países que fazem parte do Mercado Comum do Sul (Mercosul). O RG deve estar em bom estado e ter menos de dez anos de validade. Em caso de dúvidas quanto à identificação pela fotografia, pode ser solicitado outro documento, como o passaporte ou registro de identidade civil. A finalidade da medida é de garantir maior integração entre os países. São eles: Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Peru, Colômbia e Equador.
Passaporte
É o seu principal documento no exterior, já que ele contém dados sobre sua origem e histórico de entrada em outros países. Por isso, melhor estar precavido em caso de perda ou furto do documento. O sócio-diretor da Diferenza Turismo, Carlos Francisco, sugere fazer fotocópias do passaporte e também de outros documentos como RG e certidão de casamento e guardar em diversos lugares como na pochete porta-dinheiro (money belt), na bolsa de mão e na mala, por exemplo. Em caso de perda ou furto, recorra ao consulado brasileiro no país que visita.
Ter a cópia do passaporte facilita para que possam emitir um provisório, o de emergência.
Visto
Este é uma autorização de entrada e permanência em determinado país. É importante se informar se é obrigatório o visto para o país que pretende visitar assim que começar a planejar a sua viagem. De acordo com o Ministério do Turismo, países do Mercosul e União Europeia, assim como México, Rússia, Israel e Reino Unido não solicitam visto de turista. O mesmo não acontece para quem deseja trabalhar e estudar fora. Para isso é preciso conferir junto à embaixada ou consulado os procedimentos necessários. Outros países concedem o visto de entrada na chegada ao aeroporto, como Camboja e Egito, por exemplo.
Seguro-viagem
O melhor é se prevenir, já que os custos médicos no exterior são bem elevados. Quase 30 países que integram o Tratado de Schengen, na Europa, exigem que o turista obtenha um seguro-viagem que cubra pelo menos 30 mil euros. Outras nações também podem solicitar. Carlos Francisco recomenda fazê-lo em qualquer viagem, independente de ser uma exigência ou não do país.
O custo da parcela do seguro-viagem no pacote é pequeno perto da preocupação que se pode ter estando desprevenido em qualquer emergência. É a segurança de se ter uma proteção.
O valor do seguro tem variações como o tempo de viagem e a cobertura. Além da área da saúde, o turista também pode ter a assistência jurídica, o que facilita quando se envolve com a polícia e leis criminais estrangeiras.
Vacina
É recomendada para evitar que você se contamine no país de chegada ou não seja o transmissor de alguma doença que já seja erradicada no local que irá visitar. A mais solicitada é a da febre amarela, exigida para entrar na Austrália, Índia e República da Guiné, entre outros. Carlos Francisco diz que ela deve ser tomada com dez dias de antecedência do período de incubação. “É indicado tomar para ir a países que deixaram de exigir a vacina há pouco tempo, como Peru e Marrocos”, acrescenta.
Declaração de porte de eletrônicos
A Alfândega da Receita Federal isenta a cobrança de imposto para compras que somem um total de até US$ 500 para viagens internacionais aéreas. A isenção inclui itens como celular, tablets e computadores, considerados de uso pessoal. Entretanto, vale somente um aparelho por viajante, ou seja, quem voltar ao país com dois smartphones, por exemplo, poderá ser taxado pelo aparelho mais novo. A orientação é que declare os itens comprados lá fora passando da cota.
Caso prefira correr o risco e não declarar a compra, em uma futura viagem em que leve o seu MacBook, por exemplo, ele ainda correrá o risco de ser taxado, já que permanece com alto valor no Brasil, além de não ter sido declarado anteriormente.
Uma vez na Receita Federal, deverá ser pago 50% do valor excedente a estes US$ 500. E se você não declarar e ser parado na Alfândega, poderá ter que pagar até 100% do valor excedente. Aí o barato sairá muito mais caro. Por isso, leve na bagagem de mão as notas fiscais dos seus aparelhos para qualquer eventualidade e servirem de referência para a cota dos US$ 500. No aeroporto de chegada ao Brasil, também há cota extra de US$ 500 no Free Shop.
Prevenção
Tenha em mãos os telefones e endereços do consulado brasileiro em cada país que visitar. A melhor maneira de evitar desgostos na sua viagem é se preparar. Informe-se bem sobre os procedimentos para o destino onde vai, documentos e leis, bem como o que pretende levar na mala e trazer nela. Carlos Francisco esclarece que estes pontos devem ser esclarecidos junto ao agente de viagens, que está mais familiarizado com os costumes e regras de cada país e pode adequar o pacote de acordo com a necessidade e perfil dos passageiros.
Imagem: morgueFile/ kolobsek