Em meio ao andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a moeda americana tem apresentado queda. Desde o início do ano, esse acúmulo já chega a 8,9%. Essa é a expectativa do mercado, que prevê redução ainda maior para o mês de maio, podendo chegar a R$ 3,45, segundo o último boletim Focus, do Banco Central.
Nesta terça-feira, dois dias depois do parecer dos deputados federais sobre o afastamento de Dilma, o dólar tem registrado queda, na casa dos R$ 3,55. A cotação vai de encontro à opinião do mercado, de que a economia melhores após mudanças no governo.
Ontem a operação do dólar ficou acima do que se previa, fechando com alta de 2%, em R$ 3,59. Essa elevação se deu pela intervenção do Banco Central, na compra futura de dólares. A medida foi uma forma de compensar os ajustes feitos nas últimas semanas, quando o BC atuava na venda futura.
Até agora, a maior queda foi registrada na semana passada, a R$ 3,49, a menor cotação em oito meses. E pelas estimativas do BC, podemos esperar por índices ainda mais baixos. A previsão para abril e maio estava entre R$ 3,85 e R$ 3,90, respectivamente. Após atualização e novidades na nossa política, o mercado baixou para encerrar este mês com média de 3,51 e fechar maio com R$ 3,45.
2017
Há um mês esperava-se que a moeda americana estaria ainda na casa dos R$ 4,00. Mas depois de três semanas consecutivas de queda, o BC alterou a previsão para neste ano. A média da moeda deve ficar em R$ 3,81. Ou seja, diante da grande expectativa que a economia interna e externa têm sobre os rumos do país, ver a continuidade do processo de impeachment refresca os ânimos e dá um voto de confiança a investidores.
Ainda que em um cenário incerto diante de tantas possibilidades de mudanças para este ano, 2017 deve ter uma média pouco mais elevada. Em 2016 a variação deve ficar em R$ 3,62 e no ano que vem em R$ 3,72. É esperar para ver.
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Imagem: Cohdra/ MorgueFile