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Dólar turismo sobe a R$ 3,88 e recua com processo de impeachment

O mercado se mostra cada vez mais claro sobre o que esperar da economia brasileira diante das atividades em Brasília. O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, decidiu anular a sessão que aprovou dar sequência ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A notícia impactou diretamente o mercado financeiro, disparando o dólar comercial, que chegou a registrar alta de 5%. Já o dólar turismo chegou a R$ 3,88. A expectativa recaiu sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros, que descartou o posicionamento de Maranhão, decidido a dar sequência ao processo.

A decisão em Brasília foi anunciada por volta das 11h50. Logo, o Ibovespa, que é o principal índice da bolsa de valores do país, despencou em 3,5%, mas já sofria forte influência do mercado externo. Já o dólar comercial, que estava com tendência de alta na abertura do pregão, disparou com a notícia, subindo para R$ 3,67. A moeda encerrou o dia em R$ 3,52, registrando alta de 0,63%.

O dólar turismo passou dos R$ 3,70 no final da manhã, e teve pico de R$ 3,88 às 12h19. Durante toda a tarde a variação foi grande, entre R$ 3,60 e R$ 3,75, como reflexo das incertezas políticas no país. Às 17h, a cotação turismo fechou em R$ 3,67 para venda.

A decisão do presidente interino caiu como uma bomba no mercado, já que a grande expectativa é para esta quarta-feira, quando o Senado decide se admite ou não o processo de saída da presidente. Optando pela continuidade, Dilma seria afastada por 180 dias até o resultado final.

Mudanças

Foto: via VisualHunt

A repercussão, gerada pela escolha do presidente interino da Câmara, atrasou o início da sessão no Senado, no fim da tarde desta segunda. Renan Calheiros iria começar o dia com a leitura do parecer da Comissão de Impeachment, o que indica a sequência ao andamento do processo. Depois que decretou a nulidade da intervenção de Waldir Maranhão, Calheiros passou a palavra para os senadores, que quiseram se pronunciar sobre o resultado.

Depois que Brasília voltou a efervescer com a notícia, deputados e senadores questionaram a decisão do presidente interino. Foi cogitado tratar-se de abuso de poder ao derrubar a votação feita em abril, quando mais de 300 deputados escolheram encaminhar o processo ao Senado. Waldir Maranhão justificou a decisão, dizendo que a votação dos deputados não deveria seguir ideologia dos partidos, nem ter o voto aberto, entre outros fatores. Parlamentares favoráveis à posição de Maranhão afirmam que o assunto deveria voltar a ser debatido na Câmara dos Deputados.


Imagem: via VisualHunt

 

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