Quando você retorna de uma viagem tem que enfrentar alguns entraves, como a adaptação à rotina, aos costumes do seu país e dilemas no seu orçamento. No impulso do passeio, comprou mais euros, dólares ou pesos argentinos do que o necessário e eles agora estão parados na gaveta. Sem previsão de atravessar a fronteira novamente acaba ficando com dinheiro empatado. O que fazer com ele?
É comum procurar entre familiares, amigos e conhecidos quem tenha interesse em viajar ao mesmo lugar para onde você foi e que possa querer comprar a moeda. Em termos, é uma forma de driblar o pagamento de IOF de 1,1% em instituições financeiras (entenda o por quê mais abaixo). Talvez seja por isso que este tipo de negociação não seja reconhecida pelo governo brasileiro, não havendo amparo legal caso alguma coisa saia errada. Nesse caminho, comprar moeda estrangeira de pessoa física pode ter desvantagens como:
-adquirir notas falsas;
-comprar notas antigas, que tenham circulação restrita ou não são mais aceitas, como ocorre com frequência com as notas de dólar;
-arriscar-se andando com muito dinheiro em espécie para fazer a compra ou venda;
-sujeitar-se a levar calote na transação
Garantias
O Banco Central afirma que a compra e venda de moeda estrangeira deve ocorrer somente entre pessoa física e jurídica. Veja o por quê:
-ao receber notas falsas ou muito antigas e comprovar que adquiriu de um banco ou casa de câmbio, você pode recorrer para pedir pelo cancelamento da negociação. Lembra do caso do Banco do Brasil em Recife, em 2015, que vendeu dólares falsos? A família só descobriu quando foram depositar uma quantia nos Estados Unidos e a funcionária do banco identificou que eram falsificadas e ainda acionou a polícia. Os comprovantes de compra da moeda foi o que salvou a a família de uma enrascada e garantiu que o estabelecimento brasileiro a ressarcisse;
-quando instituições financeiras fazem troca de câmbio, se a quantia for até ou equivalente a US$ 3 mil, a compra ou venda deve ser feita através de transferência bancária, de acordo com o Banco Central. Para você acaba sendo mais seguro, poupando-se de ter que andar com elevadas somas de dinheiro em espécie;
-as transações costumam ter comprovantes de compra ou venda e mesmo nas negociações você pode guardar os documentos em caso de necessidade futura;
-a negociação entre pessoas físicas se baseia na cotação das casas de câmbio e bancos. Há quem pense que estará pagando mais barato, poupando-se do IOF de 1,1% e taxas. No entanto, os preços listados nas instituições financeiras são em Valor Efetivo Total (VET), que já abrange o imposto e a taxa de serviço ao da unidade da moeda.
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