Nordeste é opção para o meio do ano em tempos de economia

Foto_nordeste-baixatemporada_destaque-Fabiano Caruso-CC

Se deixar de viajar está fora de cogitação nos próximos meses, a alternativa é buscar pelos destinos em baixa temporada. Se você está poupando para uma viagem internacional ou se o que sobrou só dá para uma viagem doméstica, destinos que costumam lotar no verão são opções interessantes para o seu bolso.

Se o Nordeste bomba no verão, no outono e inverno não deixa de ser atraente a quem precisa de um bom descanso à beira-mar. Cidades com a maior parte da economia voltada ao turismo sentem o peso da baixa temporada. É por isso que vemos promoções para destinos normalmente badalados no alto verão.

O sócio da De Fatto, Marco Vieira, comenta que a procura por destinos internacionais tem sido baixa. Como alternativa de passeio, o público da agência tem procurado destinos pelo Nordeste, que chegam a ficar até 25% mais barato na baixa temporada, entre março e junho. Confira a seguir três dos locais mais procurados:

Maceió, Alagoas

Foto: Giorgia Gold/ Creative Commons
Foto: Giorgia Gold/ Creative Commons

O menor estado do Brasil tem praias recheadas de palmeiras em toda a costa. No litoral fica a capital Maceió, onde há muitas opções de atividades na água. Você pode desfrutar do convencional banho de sol na orla, ou aproveitar para praticar mergulho e apreciar os arrecifes de corais. Há saída de jangadas na praia de Pajuçara que te levam a dois quilômetros da praia, onde se formam piscinas naturais, perfeitas para fazer snorkel e degustar o que os bares flutuantes têm a oferecer.

Uma boa pedida é a praia de São Miguel dos Milagres, de águas tranquilas frescas, ideias para famílias com crianças. Ali fica a Praia do Toque, com diversidade de espécies de peixes para você observar ou simplesmente andar de bicicleta pela orla. E na praia de Tatuamunha dá a impressão de ter encontrado o paraíso. Lá não há bares nem restaurantes. O local é foz do rio Tatuamunha e habitat do peixe-boi marinho. Além dos coqueiros, há manguezais e trechos de mata Atlântica para enriquecer a paisagem das águas de tom esverdeado.

Da água para a terra, há diversos atrativos históricos para você conhecer. Há muitas construções dos séculos 18 e 19. É o caso da Igreja Nossa Senhora da Corrente, com azulejos portugueses nas cores fora do tradicional azul e branco: verde, roxo e dourado. Conheça também o Museu Deodoro, em homenagem ao primeiro presidente do país, nascido em Alagoas. E no Museu do Paço Imperial, há exposição de roupas, objetos e mobiliário do período imperial, já que foi ali onde Dom Pedro II se hospedou em 1859.

Preço: a partir de R$ 1.100 por pessoa em pacote para 7 dias.

Fortaleza, Ceará

Foto: A. Duarte/ Creative Commons
Foto: A. Duarte/ Creative Commons

Embalado pela brisa e mar de águas frescas, na temperatura de 24ºC, a capital cearense se destaca pelo sol que reina por ali por cerca de 2.800 horas por ano. Nas praias que encantam turistas já se nova a estrutura que a quinta maior cidade do país tem a oferecer. A Praia de Iracema, por exemplo, tem um calçadão moderno, com bares, lanchonetes e casas de dança.

Já a famosa praia da Canoa Quebrada segue a mesma linha e não deixa ninguém na mão quando se trata de hospitalidade. A cerca de 160 quilômetros de Fortaleza, a praia fica escondida atrás das dunas de areia e a orla é marcada por falésias. Ideal para a prática de surf e windsurf.

Já quem curte um lugar mais sossegado, por ir à praia de Flecheiras, a 90 minutos da capital. Lá se formam piscinas naturais para fazer snorkel e observar os peixes. Ali perto fica Mundaú, região em que o rio se encontra com o mar, criando um cenário perfeito para relaxar e tirar muitas fotos.

Já no centro da cidade, apesar de não ser antiga, a Catedral Metropolitana chama a atenção pela arquitetura gótica. Construída entre os anos 30 e 60, suas torres laterais tem 75 metros de altura. O espaço tem capacidade para 5 mil fieis e é sede da Arquidiocese de Fortaleza. Não deixe de visitar o Forte de Nossa Senhora da Assunção, este sim bem antigo. Erguido em 1649, foi reconstruído em 1817 e ainda segue como área militar. A construção deu nome à cidade e ainda possui a cela onde um de seus maiores escritores, José de Alencar, ficou preso. A meia hora da capital fica um dos melhores parques aquáticos do mundo, o Beach Park. O maior tobogã é o deles e ainda há brinquedos para todas as idades.

Preço: a partir de R$ 1.100 por pessoa em pacote para 7 dias.

São Luís, Maranhão

Foto: Danielle Pereira/ Creative Commons
Foto: Danielle Pereira/ Creative Commons

Mesmo tendo sido fundada por franceses, no século 17, a capital maranhense revela em suas construções no centro histórico a influência da cultura portuguesa. Parte dos cerca de três mil sobrados caracterizados pelos famosos azulejos e arquitetura em estilo colonial são tombados pela Unesco e abrigam comércio para o turismo local. Restaurantes, lojas, museus e espaços culturais dão vida aos casarões que ainda resistem ao tempo.

Se você gosta de história deve visitar o Museu Histórico e Artístico, que funciona em um antigo sobrado de 1836. Há mobiliário e objetos expostos em ambientes recriados para mostrar a riqueza maranhense durante os séculos 18 e 19. Conheça também o Teatro Arthur Azevedo, o segundo mais antigo do país, de 1817. Ele ficou fechado por muitos anos e, depois de restaurado, foi reaberto em 2006. Há opção de visita guiada o local.

Dunas, morros e falésias caracterizam a praia Olho d’Água. A partir de julho vira preferência de praticantes de esportes mais ousados como o kitesurf, já que o vento é mais forte até dezembro. Visite também a praia de Araçagi, que se destaca pelas suas dunas e pelo fato de você poder andar de carro pela orla.

Se quiser esticara viagem, a cerca de 4h30 de distância da capital ficam os Lençóis Maranhenses. Tamanha é a beleza do lugar que a atração é um dos principais cartões-postais do estado. Lá o que surpreende são as vastas lagoas e pequenos trechos de água de que formam em meio às dunas. Neste período os lençóis podem estar mais secos, já que a temporada de chuva vai até junho.

Preço: a partir de R$ 1.200 por pessoa em pacote para 7 dias.

Porto de Galinhas, Pernambuco

Foto: Vi Neves/ Creative Commons
Foto: Vi Neves/ Creative Commons

Um dos paraísos tropicais de Pernambuco fica no município de Ipojuca. A praia Porto de Galinhas recebeu o nome por ser o ponto de chegada de escravos que continuavam a ser contrabandeados, mesmo depois de abolida a escravidão. Eles vinham misturados às galinhas, escondidos da fiscalização. Hoje o local é um dos principais destinos turísticos do país, com piscinas naturais que se formam e revelam a beleza de peixes e corais.

Suas águas são tranquilas e a temperatura durante o ano todo é agradável aos banhistas. No inverno há maior concentração de chuvas e os melhores passeios são feitos durante a maré baixa, influenciada pelas fases da lua. Você pode fazer aulas de mergulho, praticar surf ou kitesurf. Faça os passeios de jangadas, que te levam às piscinas naturais ou também ao rio Maracaípe, onde ficam os manguezais.

Há diversos tipos de hospedagem, de chalés a bangalôs até os mais sofisticados resorts. No centro da cidade você encontra todo o artesanato produzido por moradores e também pode saborear a culinária local. Você pode conhecer as outras praias em um passeio de buggy, alguns deles com até 4 horas de duração. Outra praia bem badalada é a de Muro Alto, boa para a prática de wakeboard, esqui aquático e passeios de jet-ski.

Preço: a partir de R$ 1.200 por pessoa em pacote para 7 dias.

Porto Seguro, Bahia

Foto: Vicente Eugenio/ Creative Commons
Foto: Vicente Eugenio/ Creative Commons

A região é muito badalada, onde o axé reina durante o verão e talvez o ano todo. Por ser altamente voltada ao turista é que nesse período os valores baixam para garantir visitantes mesmo nas estações de temperatura mais amena. Mundaí está entre as praias de maior agito na região, assim como Taperauan, estruturada com restaurantes e muito entretenimento. Lá você encontra as barracas Barramares, Tôa Tôa e a arena Axé Moi. Outro ponto bem movimentado é a Passarela do Descobrimento, onde ficam casas coloniais do século 17 e que abrigam comércio e restaurantes e também é palco de apresentações culturais.

A cerca de uma hora de navegação da passarela fica o Parque Marinho de Recife de Fora, uma área de preservação de mais de 17 quilômetros quadrados, dos quais apenas 3% é reservado à visitação. É por isso que há limite de pessoas, apenas 400 por dia e as saídas acontecem somente quando a maré está baixa.

Se você gosta de tranquilidade, é melhor seguir em direção ao sul de Porto Seguro. Em Trancoso, a calmaria paradisíaca ainda resiste mesmo com a sofisticação das opções de hospedagem que se pode encontrar por lá. E fora de temporada, a paz é garantida. Outra opção é a praia de Taípe, já em Arraial D’Ajuda, com falésias que chegam a 45 metros de altura.

Além de praias com águas claras, Porto Seguro reserva patrimônios históricos, já que ali foi onde Pedro Álvares Cabral chegou em 1500 marcando o descobrimento do Brasil. Para conhecer esse lado de Porto Seguro, conheça a Cidade Histórica, primeira formação habitacional no país, com igrejas e casarões dos séculos 16 e 17. Para saber mais, vá à praia do Cruzeiro, onde fica o Museu da Epopeia do Descobrimento, com jardim botânico, réplica da nau Capitânia – que trouxe Cabral – e exposição de documentos sobre a época. Ah, e quem ajuda a contar toda a história são descendentes de índios pataxós. Eles também fazem o artesanato vendido na região.

Preço: a partir de R$ 800 por pessoa em pacote para 7 dias.

Leia mais: Vale a pena viajar na baixa temporada?


Imagem: Fabiano Caruso/ Creative Commons

Fonte: Fodor’s Travel, Férias Brasil, Lonely Planet, CVC, Flaytour

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