O destino está escolhido, as passagens estão compradas, o hotel está reservado e o roteiro turístico, programado. Mas não pense que está tudo pronto para suas tão sonhadas férias se você ainda não contratou algum seguro viagem ou, se contratou, não sabe bem os imprevistos que ele cobre.
O seguro viagem é um clássico caso de serviço que pagamos na torcida para não precisarmos utilizar. Em qualquer passeio, no entanto, o turista está sujeito a imprevistos – e, principalmente se ele está fora de seu país de origem, é bom ter uma garantia de que esses percalços estraguem o mínimo possível o seu passeio.
Além disso, caso você fique doente e precise de atendimento médico, sem o seguro viagem você corre risco de voltar ao hospital em função de um ataque cardíaco quando receber a conta. O valor pode ultrapassar – e muito – o orçamento inicialmente previsto para a viagem.
Quem gosta de turismo de aventura – aquele com direito a muitas trilhas, escaladas e esportes que oferecem considerável risco de machucados, como o esqui – normalmente está acostumado a contratar o seguro. Porém, mesmo para destinos mais “seguros”, ninguém está livre de ser vítima de um acidente ou doença.
Tanto que, em alguns países da Europa, o seguro viagem é documento obrigatório para apresentar aos agentes de imigração. Sim, isso significa que, se não tiver o seguro, você corre risco de ser barrado na chegada e frustrar suas férias logo no início.
Há vários tipos de seguro viagem, com diferentes modalidades de cobertura a depender da sua necessidade. Se você não vai fazer turismo de aventura e está em boas condições de saúde, escolha um plano mais básico.
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Barato pode sair caro
A partir de R$ 100, já é possível contratar um seguro que cubra 10 mil dólares de despesas médicas para uma semana de viagem pelos Estados Unidos, por exemplo. A palavra de ordem é pesquisar, pois os preços variam de acordo com o perfil do viajante e também acompanham a cotação do dólar.
Entretanto, é preciso atenção. Não adianta nada você pagar pouco e não ter direito a quase nada na cobertura. O barato pode sair caro! Lembre que é importante que o serviço opere 24h. Ainda há a opção de contar com atendimento em português.
Aqui vai uma experiência pessoal: nos últimos dias de viagem em Portugal, tive uma alergia muito forte e precisei acionar o seguro. Liguei para o número indicado no cartão da seguradora e eles me indicaram o hospital que poderia me atender (me ofereceram, ainda, a opção de receber o médico no apartamento onde eu me hospedava). Ao chegar lá, meu nome já estava com a recepcionista e, entre o atendimento e a “alta”, passou menos de uma hora. E o melhor: o seguro reembolsou meus gastos com medicamentos e com o translado de ida e volta ao hospital. Imaginem se eu não tivesse o seguro? O passeio terminaria, no mínimo, muito mal…
Outra dicas importante: nos sites das seguradoras, é possível baixar e ler os contratos. Não pense que isso é perda de tempo. O ideal é imprimir e saber exatamente o serviço que você está contratando.
Antes de bater o martelo sobre sua escolha, verifique com a bandeira do seu cartão de crédito se você não tem direito a um seguro saúde gratuito – mas tome cuidado, pois a cobertura pode ser bem básica. Outra ideia é entrar em contato com a operadora do seu plano de saúde brasileiro, pois ela pode oferecer algum desconto para a contratação de um seguro internacional, já que você já é cliente.
Além da cobertura básica de morte acidental e assistência médico-hospitalar, seguros mais amplos podem incluir cancelamento de viagem, atendimento odontológico, repatriação, extensão de diárias de hotel, extravio de bagagem, assistência jurídica e até passagem de ida e volta para algum familiar.
Por fim, sempre tenha seu cartão do seguro à mão, junto ao seu passaporte. E, em caso de alguma emergência, ligue para a Central de Assistência antes de qualquer coisa. Não adianta você procurar atendimento e depois pedir reembolso, pois a seguradora pode complicar para lhe devolver o dinheiro.
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