Não é que você precise de razões muito específicas para marcar aquela viagem a Paris, à Índia ou ao Peru. A vontade de descobrir o mundo já é suficiente. Há várias coisas nas quais você pode gastar dinheiro sem necessariamente aumentar o seu QI, mas viajar é um investimento sábio e que lhe paga de volta – não só no prazer de contar aos seus amigos sobre suas últimas férias. Sim: viajar, na verdade, torna você uma pessoa mais inteligente.
E não somos nós que dizemos isso por contra própria. Um estudo feito com chipanzés na Uganda mostrou que aqueles que viajavam para mais longe da base tinham mais esperteza e inteligência daqueles que não saíam do lugar. Considerando que nós, seres humanos, compartilhamos com os primatas 99% do mesmo DNA, não é loucura presumir que o mesmo acontece conosco. “Nossos resultados mostram que os chipanzés usam ferramentas do cérebro para se deslocar e isso também pode indicar força motriz na evolução dos seres humanos”, diz o doutor Thibaut Gruber, um dos autores do estudo.
Eis cinco motivos pelos quais viajar expande sua mente.
Realidade expandida
Viajar para novos lugares literalmente desenvolve seu senso de realidade. Enquanto você bebe da fonte de novas paisagens e sons, você amplia o escopo do seu próprio entendimento sobre o mundo que está ao seu intorno. Aprender sobre novas culturas, diferentes da sua, pode levar a vários benefícios, como maior chance de sucesso na carreira, segundo outra pesquisa. “O engajamento multicultural, que significa que a pessoa se adaptou e aprendeu sobre novas culturas, prevê o número de ofertas de emprego recebidas após a experiência internacional”, notaram os cientistas.
Mais poder cerebral
Viajar ajuda a dar combustível para seu cérebro em níveis muito mais altos. Um estudo mostrou, por exemplo, que aposentados que viajam têm índice de estimulação mental 75% maiores e 82% aumentaram sua habilidade de cumprir tarefas – entre os que não viajam, este percentual é de 57%. Os autores da pesquisa dizem, ainda, que as férias têm potencial para melhorar a saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho, e que portanto devem ser estimuladas pelas empresas (anotem aí, chefes!).
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Melhor memória
Viajar para um novo país, ou até mesmo uma região nova no seu próprio país, onde diferentes linguagens, modos de falar e sotaques são falados, ajuda a aumentar seus níveis de concentração, atenção e memória. E, claro, também há benefícios em aprender novas palavras e frases, que não fazem parte da sua língua mãe, em um outro idioma. Isso também auxilia na sua capacidade de descrever as coisas para chegar ao ponto principal: a comunicação e o entendimento entre falantes de línguas distintas.
Mais criatividade
Embasbacar-se com a Torre Eiffel (Paris) ou com A Sagrada Família (Barcelona) não é apenas um divertimento. Isso realmente enriquece sua própria imaginação. Quanto mais tempo você passa em outros países, mais criativo você se torna. Adaptar-se a novos cheiros, gostos e paisagens cria novos caminhos neuronais dentro do seu cérebro, permitindo novas maneiras de pensar e aumento no fluxo de criatividade.
Flexibilidade para vencer problemas
Se você já chegou em um país com zero conhecimento do idioma, cultura ou normas sociais – e precisa batalhar para descobrir como se localizar -, então você sabe como funciona a vulnerabilidade. Pode ser assustador no início, mas é esta habilidade de pensar por contra própria e dar conta de uma situação complicada que faz você se dar conta do quão forte e capaz é. Para citar o professor budista Pema Chödrön: “Para estar totalmente vivo, totalmente humano e completamente acordado, você precisa ser continuamente jogado para fora do ninho.”
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Fonte: Condé Nest Traveler
Imagens: VisualHunt