Voo direto, com conexão ou escala?

Imagem: D Medina/ MorgueFile

Quando você faz uma pesquisa rápida nos sites de venda de passagens aéreas, percebe que tem uma grande diferença de preço entre as opções. Logo se percebe que as mais baratas envolvem duas ou mais paradas em aeroportos intermediários antes de você chegar ao destino final. Voos internacionais costumam ser cansativos, além de caros. Por isso, vale a pena pensar bem como balancear preço x tempo e escolher o voo que não vai te cansar para aproveitar a viagem que ainda nem começou.

Escalas

O voo com escalas costuma ficar no topo da lista entre os melhores preços. Você embarca e desembarca no mesmo avião. A única diferença é que ele tem que fazer algumas paradas no caminho para que mais pessoas embarquem ou a aeronave seja reabastecida. Você não precisa descer, apenas aguardar a partida.

Essa opção pode tomar um pouco mais do seu tempo, porque além do tempo do voo, tem o intervalo de espera em cada parada. Se não tiver pressa, nem aflição de ficar dentro de uma aeronave cheia de gente, vá sem problemas. O mais comum é ter uma ou duas paradas antes de seguir para o destino final.

Se você comprar voo com escalas de empresas de baixo custo (low-cost), os secundários são considerados separados. É como se você tivesse que comprar todos os voos até o destino final, e não em um “pacotão”. Nessa hora, tem que ver o preço final que compense, comparando com as companhias regulares.

Conexão

Foto: Darren Hester/ MorgueFile
Foto: Darren Hester/ MorgueFile

Os voos com conexão são mais indicados, ainda que mais demorados do que os diretos. Você vira um “passageiro em trânsito”, que precisa descer e trocar de aeronave. É mais caro do que voos com escalas, mas é melhor indicado se você não gosta de ficar longas horas dentro do mesmo avião, como nos voos transatlânticos diretos.

Quando tiver um voo com conexão, você deve prestar atenção em alguns pontos. No primeiro check-in, pergunte se as malas que despachar irão direto para o segundo avião. Se não forem, você vai ter que descer, pegar a bagagem e despachar de novo. Normalmente vão direto, mas é no primeiro check-in que você tira essa informação. O mesmo serve para o caso de chegar no país de destino, mas ainda não ser a cidade que você vai ficar, sendo necessária uma conexão. Veja se neste caso precisa retirar e redespachar as malas.

Outro ponto importante é saber quanto tempo você vai ter entre desembarcar da primeira aeronave e embarcar na segunda. Não é tão simples assim como se imagina e, se for uma diferença de uma ou duas horas você corre o grande risco de perder o voo. Isso porque leva tempo até o primeiro avião parar, você descer, passar pelos postos de controle – por estar em outro país – e encontrar o portão de embarque para o segundo.

Preste atenção se os dois voos são vinculados, com operadoras de serviço interligado. Se forem, em caso de atraso ou perda do voo, a companhia te encaixa no próximo. Mas se não for, você corre o risco de perder. Vinculado ou não, se a perda do segundo voo for relacionada a atraso de uma das companhias e não sua, entre em contato com eles e peça para te colocarem em um voo mais tarde. Se o próximo for só no dia seguinte, eles podem ter que arranjar acomodação para você.

Procure se informar se o segundo voo teve o portão de embarque alterado. Neste caso, os dados do seu bilhete aéreo só servirão para identificar o que mudou. Se quiser se prevenir, pegue o mapa do aeroporto. O site Oneworld pode te ajudar. Para não perder tempo e garantir a conexão, procure por um dos agentes de portão, que ficam na área logo que você sai da aeronave e acessa o aeroporto.

Vale lembrar que em cada aeroporto visitado, o controle de embarque segue o horário local. Muita gente pensa que dá para sair entre um voo e outro. A média de intervalo é de 2 a 4 horas até o reembarque. Tempo ideal para circular pelo aeroporto, visitar o free shop, comer e usar a internet. Para calcular quanto tempo realmente você vai ter para cogitar uma saidinha, precisa saber se o país em que está exige visto e se ele pode ser tirado no aeroporto mesmo, como é possível em alguns casos. Se estiver planejando com antecedência, fica bem fácil de resolver.

Aproveite o intervalo

Foto: Hotblack/ MorgueFile
Foto: Hotblack/ MorgueFile

 

Além da necessidade de visto para sair, considere tudo: tempo de desembarque do primeiro voo (se não tiver atraso), passagem pela imigração e pela esteira com a bagagem de mão, antecedência de 45 minutos ou 1 hora para o voo de conexão e tempo de deslocamento entre o aeroporto e a cidade.

Chutando alto, para contar com qualquer imprevisto, reduza seu intervalo em umas 4 horas. É melhor assim para poder sair com tranquilidade com o tempo que te resta. Grandes aeroportos são bem estruturados, mas quando se pensa em sair deles, vai pelo menos meia hora até qualquer lugar que você queira visitar, só de ida ou volta.

É melhor fazer isso em voos com intervalo de mais de 8 horas. Pense bem se vale a pena, reserve dinheiro para táxi e leve a bagagem de mão, porque nem todos os aeroportos têm guarda-volumes. Ou são bem fora de mão no caminho dentro dos próprios terminais.

Se quiser, você pode tentar adiar o segundo voo para tentar sair. Jogue para uma diferença de mais de 10 ou 12 horas. Mas você precisa saber antes se a bagagem despachada vai direto para o destino final, sem a necessidade de buscá-la.

Tente esse adiamento durante a compra ou alguns dias antes, porque tentar na hora do check-in vai ser impossível. Existem aeroportos em que é possível fazer o stopover, quando você pode ficar até 30 dias na cidade e depois pegar o segundo voo.

Direto

É o melhor dos voos quando você quer economizar tempo. Não é à toa que os preços são mais elevados do que os demais.

Aqui você não perambula pelos aeroportos, não sofre de ansiedade esperando o avião decolar durante uma escala, nem corre para pegar voo de conexão. E o melhor, vai direto para o seu destino final.

O voo direto é conhecido como nonstop, “sem paradas”. Ele é diferente do “direct flight”, que pode ter escalas, mas o número do voo é o mesmo.

Leia mais: 4 dicas para deixar sua passagem aérea mais barata


Imagem: D Medina/ MorgueFile

 

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