Turismo (quase) gratuito: conheça os walking tours

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Nem sempre podemos bancar uma viagem-ostentação, especialmente em tempos de crise. O investimento na passagem já foi feito  e o orçamento para os dias de passeio pode ficar apertado. Uma boa solução para economizar é participar de grupos de caminhadas turísticas – os chamados walking tours. Quase de graça, a atividade permite que você contemple a cidade, receba informações sobre a história do local e, de quebra, queime algumas calorias.

Os walking tours acontecem em quase todas as capitais da Europa, em muitas cidades dos Estados Unidos e, mais recentemente, em algumas metrópoles brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em horários determinados e em locais bem centrais e de fácil acesso, você encontrará o guia com uma plaquinha – lá é seu ponto de partida, faça chuva ou faça sol.

Tudo funciona direitinho, de forma bem organizada e profissional. Os guias são voluntários, certificados pelas empresas que representam, e conhecem cada detalhe das cidades. Na alta temporada, pode ser preciso inclusive reservar lugar, tamanha a procura. Mas quanto você vai pagar – se quiser pagar (aposto que vai querer) – depende só de você. Tem gente que dá duas moedas, tem gente que paga com nota alta: as gorjetas são livres e recolhidas ao fim do passeio.

A dica é ir com um sapato confortável – as caminhadas podem durar até três horas – e levar alguns lanchinhos na bolsa para atacar durante o trajeto.

Chuva, sol ou neve

Se você estiver no exterior, normalmente há duas opções de grupos: um liderado por um guia que fala inglês, outro comandado por alguém fluente em espanhol. Escolha o idioma que você entende melhor, pois admirar as paisagens é obrigatório, mas você também vai precisar entender as explicações sobre o roteiro.

Fiz esses tours muitas vezes. A primeira em Dublin, abaixo de chuva. Depois, em Amsterdam, abaixo de sol. Em outra oportunidade, em Paris, abaixo de neve.  A experiência é engrandecedora e especial, principalmente para quem, como eu, gosta de viajar sozinho.

As caminhadas quase sempre se concentram nas regiões centrais das cidades, em um percurso em que é possível conhecer os principais pontos turísticos sem precisar pensar sobre as melhores formas de otimizar o tempo entre  trem, ônibus ou táxi. E sempre há surpresas pelo caminho.

Morei seis meses em Lisboa em 2012. Três anos depois, ao voltar para o além-mar de férias, resolvi fazer o walking tour sem muita expectativa, afinal, achava que conhecia quase todos as esquinas da cidade. Mas estava enganada: descobri histórias curiosas dos pequenos bairros (como uma fofa casinha escondida onde funcionava uma cozinha popular, cuja missão era servir almoço todos os dias aos moradores de rua) e conheci mais um café que Fernando Pessoa gostava de frequentar.

Foto: visually_conscious via Visual Hunt / CC BY

Quem quer realmente um tour alternativo, também pode encontrar. Ainda em Lisboa, há caminhadas temáticas que percorrem cenários de filmes, por exemplo, ou os principais points da literatura. Mas foi em Berlim o passeio a pé mais legal que fiz, um trajeto que ressalta a presença da arte urbana na cidade, mostrando onde estão e o que significam as principais obras de pintores, grafiteiros e desenhistas até chegar ao que restou do Muro de Berlim, todo repaginado por artistas do mundo inteiro.
Você ainda pode aproveitar o conhecimento dos guias para descobrir dicas de museus, restaurantes, baladas e outras atrações que quiser aproveitar durante o resto dos dias da viagem.  

Imagem via VisualHunt

 

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